O senador Miguel Uribe Turbay, que sofreu um atentado no último sábado 7 em Bogotá, na Colômbia, é parte de uma linhagem política de peso no país. Aos 39 anos, o pré-candidato à Presidência integra uma geração que cresceu sob a angústia da violência gerada pelo narcotráfico.
A mãe dele, Diana Turbay, foi executada em 1991 durante uma tentativa frustrada de libertação. O crime ocorreu sob as ordens de Pablo Escobar, em uma época em que o Cartel de Medellín aterrorizava autoridades.
A herança política vem do avô, Julio César Turbay Ayala, figura do Partido Liberal que ocupou a Presidência entre 1978 e 1982. Do lado materno, a avó Nydia Quintero de Balcázar fundou a “Solidaridad por Colombia”.
Desde 2022, Turbay exerce o mandato de senador pelo Centro Democrático, um partido alinhado às posições do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez.
A trajetória política de Miguel começou no legislativo municipal, como como vereador entre 2012 e 2015, antes de assumir a Secretaria de Governo na gestão de Enrique Peñalosa. Em 2019, ficou em quarto lugar na disputa pela prefeitura de Bogotá.
Formado em Administração Pública pela Universidade de Harvard, Turbay tem como um dos pilares de seu discurso a segurança pública. Ele é um crítico habitual do governo de Gustavo Petro.
O ataque ocorreu quando o político encerrava um evento ao ar livre, conversando com simpatizantes sobre políticas para pessoas com deficiência. O agressor, identificado como um menor de idade, foi capturado no local após ser ferido na perna durante o confronto com os seguranças.
