Favorito na disputa, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), de 35 anos, tem grandes chances de ser eleito, neste sábado (1), o mais jovem presidente da Câmara dos Deputados. A provável vitória é fruto de uma aliança política que reúne 18 partidos, somando 495 deputados, incluindo PP, PSD, Republicanos, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB, Avante, Podemos e PRB.
A união de forças foi suficiente para barrar as candidaturas de outros nomes com chances na disputa, como Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), que desistiram diante do crescente apoio a Motta.
Natural de Patos, no sertão da Paraíba, Hugo Motta é filho do prefeito da cidade, Nabor Wanderley, também do Republicanos. Sua ascensão política começou cedo. Em 2010, foi eleito deputado federal com 86 mil votos aos 21 anos, impulsionado pelo capital político de sua avó, Francisca Motta, que atualmente ocupa o sexto mandato como deputada estadual pelo mesmo partido.
Motta começou sua carreira política no MDB, onde se tornou aliado de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara. Durante o período de Cunha na presidência, Motta presidiu a CPI da Petrobras, que investigou a Operação Lava Jato e as acusações de corrupção contra o PT.
Ao longo dos anos, Motta se destacou por sua habilidade de articulação nos bastidores da política. Ele manteve boas relações com figuras chave, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro do Transportes, Renan Filho. Sua proximidade com Ciro Nogueira (PP-PI) foi apontada como fundamental para sua ascensão à presidência da Casa.
Motta também tem uma boa interlocução com o governo de Lula, especialmente na negociação de temas relacionados à área econômica. Sua atuação na PEC do Orçamento de Guerra, que liberou recursos para o governo federal durante a pandemia, é um exemplo da sua importância no Congresso.
Reconhecido por sua liderança discreta e habilidades de negociação, ele é visto como alguém em quem os deputados confiam para compreender o cenário político e atuar como intermediário entre o governo e o Parlamento. Seu estilo de trabalho, caracterizado por resoluções rápidas e eficazes, fez dele uma figura influente, com grande capacidade de articulação política.
A confiança em sua liderança é refletida em declarações de colegas, como o ministro Renan Filho, que o considera uma pessoa capaz de lidar com os desafios do país, destacando sua atuação como relator de matérias importantes, como o programa de benefícios fiscais para infraestrutura portuária, aprovado em 2023.
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