Quem é Antônio Doido, deputado federal do Pará alvo de operação da PF sobre desvio de verbas

O deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) é um dos alvos da Operação Igapó, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira 16. A ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro que teria atuação no Pará e no Distrito Federal.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal, a PF cumpriu 31 mandados de busca e apreensão. As investigações apontam a existência de uma organização criminosa formada por agentes públicos e privados, que teria utilizado fraudes em processos licitatórios para desviar verbas públicas. Segundo a PF, os valores obtidos ilegalmente teriam sido usados para o pagamento de vantagens indevidas, ocultação de patrimônio e práticas de corrupção eleitoral.

Durante o cumprimento dos mandados, policiais federais realizaram buscas no apartamento funcional do congressista, em Brasília. De acordo com apurações, aparelhos celulares foram arremessados pela janela do imóvel no momento da ação policial, além da apreensão de dinheiro em espécie.

Quem é Antônio Doido

Antônio Doido está em seu primeiro mandato como deputado federal, eleito em 2022 com pouco mais de 126 mil votos. Antes de chegar à Câmara, foi prefeito de São Miguel do Guamá, no nordeste do Pará, entre 2017 e 2020. Em 2024, tentou disputar a prefeitura de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, mas foi derrotado.

No início de dezembro, o deputado foi declarado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral do Pará, em decisão que ainda cabe recurso. A sentença apontou abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024, com uso indevido de recursos públicos para promoção pessoal e influência sobre o eleitorado.

Crimes investigados

As apurações que levaram à operação desta terça-feira também envolvem suspeitas sobre o uso de emendas parlamentares e contratos públicos. O inquérito investiga crimes como corrupção ativa e passiva, crimes licitatórios, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção eleitoral.

CartaCapital procurou a equipe de assessoria de imprensa do deputado, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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