Avião King Air F90. Foto: Reprodução

Uma das linhas de investigação do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) aponta que a queda do avião de pequeno porte na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, na última sexta-feira (7), pode ter sido causada por um problema no motor. A Polícia Civil e a Polícia Federal também apuram os motivos do acidente, de acordo com reportagem do jornal O Globo.

Segundo pilotos ouvidos pela Globonews, em informação divulgada no blog de Andréia Sadi, a aeronave modelo King Air F90 “passou por uma oficina uma semana antes do acidente para resolver um defeito de pane no sistema de RPM de um dos motores”. Esse sistema, responsável por monitorar a velocidade de rotação dos motores, “é fundamental para o desempenho da aeronave e a decolagem” e, caso apresente falhas, pode afetar a potência e o torque necessários para o voo.

Ainda conforme a reportagem, o avião decolou do Aeroporto Campo de Marte, por volta das 7h20m, com destino a Porto Alegre (RS). Minutos depois, o bimotor caiu na pista da Avenida Marquês de São Vicente, na altura do número 1.874, e explodiu em seguida. Um áudio de um piloto que aguardava para decolar no mesmo aeroporto revelou que o comandante do King Air F90 havia solicitado retorno imediato ao Campo de Marte momentos antes da queda.

Técnicos do Cenipa analisam os destroços do avião que caiu em SP. Foto: Estadão

O acidente provocou a morte dos dois ocupantes do avião: o advogado Márcio Louzada Carpena, dono da aeronave, e o piloto Gustavo Medeiros, ambos do Rio Grande do Sul. Além disso, quatro passageiros de um ônibus, que foi atingido no momento da queda, ficaram feridos. O motorista do coletivo foi encaminhado a um hospital particular em estado de choque, enquanto outras três pessoas em solo foram socorridas, sem gravidade.

Esta foi a terceira tragédia aérea registrada no estado de São Paulo em 2025. Antes disso, ocorreram a queda de um bimotor em Ubatuba, no Litoral Norte, e a de um helicóptero em Caieiras, na Região Metropolitana. Somando todos esses acidentes, cinco pessoas perderam a vida.

Em fóruns de discussão de pilotos e em revistas especializadas, o King Air F90 é mencionado como um modelo de “fácil operação”. No entanto, “as quedas estão em geral associadas à imperícia dos pilotos ou a más condições de tempo”. Segundo dados compilados até sexta-feira, foram registrados 40 incidentes com esse avião no mundo, quatro deles no Brasil, incluindo um em 1988, em São Pedro da Aldeia, em que as oito pessoas a bordo morreram.

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Last Update: 08/02/2025