Na última terça-feira (6), o jornalista Luís Nassif recebeu o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, virtualmente no programa TVGGN 20H para discutir sobre a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O evento, realizado entre 30 de julho e 1º de agosto, contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apresentou o resultado das mais de 200 conferências preparatórias para definir o rumo da Ciência, Tecnologia e Inovação do país.
Rezende foi um dos organizadores do evento e observou que uma das conclusões dos seminários prévios é de que a neo industrialização e a inovação ainda dependem não só dos empresários brasileiros, mas também de órgãos do governo, entre eles da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O ex-ministro comenta que, para alcançar o objetivo de avançar em menos tempo, foram definidos quatro eixos estratégicos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O primeiro é o fortalecimento e recuperação do sistema de pesquisa da ciência e tecnologia feito nas universidades, nos institutos de pesquisa.
A fim de promover a neo-industrialização, a indústria brasileira precisa de novas bases e, consequentemente, muita inovação. O Brasil tem um número de empresários inovadores cada vez maior, mas ainda é pequeno, tanto é que a nossa indústria globalmente não é tão inovadora. Dependemos da Finep, BNDES e Embrapii, que o papel dela é aproximar as empresas que querem inovação com as universidades e centros de pesquisa, mas muitos desconhecem o trabalho.
O segundo eixo é o volume de compras governamentais. Ao longo do encontro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se comprometeu a fazer encomendas para a pasta em empresas brasileiras e inovadoras.
A terceira estratégia para impulsionar o desenvolvimento tecnológico do país é o apoio às áreas estratégicas, especialmente no quesito desenvolvimento da área de inteligência artificial, que deve impactar diversos setores.
O último eixo se refere à ciência e tecnologia voltada para o desenvolvimento social, cujas discussões contaram com a participação massiva de trabalhadores e de entidades sociais.