A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (21) pelo g1, revela que 52% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL) participou do plano de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O índice cresceu em relação a março, quando 49% compartilhavam dessa percepção.
Segundo o levantamento, 36% rejeitam essa ideia e 10% não souberam responder. A sondagem ouviu 2.004 pessoas entre 13 e 17 de agosto, em entrevistas presenciais em todas as regiões do país.
Prisão domiciliar: maioria considera justa
O estudo também avaliou a percepção da população sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada em 4 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
55% consideram a medida justa.
39% a classificam como injusta.
6% não souberam ou preferiram não responder.
Quem apoia e quem rejeita a decisão
O apoio à medida é mais forte em alguns segmentos específicos:
93% dos que se identificam como de esquerda, mas não se declaram lulistas.
84% dos eleitores de Lula no segundo turno de 2022.
65% dos moradores do Nordeste.
62% dos católicos.
59% dos jovens de 16 a 34 anos.
58% das mulheres.
56% de quem tem até o ensino fundamental completo.
Já a rejeição à prisão é predominante entre:
87% dos bolsonaristas convictos.
83% dos eleitores de Bolsonaro em 2022.
57% dos evangélicos.
Descumprimento de medidas cautelares
Moraes justificou a prisão ao apontar descumprimento de restrições impostas ao ex-presidente, como a realização de chamadas de vídeo durante manifestações de apoiadores em 3 de agosto.
A pesquisa mostra que:
57% acreditam que Bolsonaro agiu de propósito para provocar o ministro.
30% avaliam que ele não compreendeu corretamente as restrições.
13% não souberam responder.
Julgamento no STF e percepção pública
O levantamento também indica ampla visibilidade do caso:
86% da população já sabiam que Bolsonaro será julgado pelo STF em setembro — contra 73% em março.
84% estavam cientes da prisão domiciliar.
A imagem publicada pelo senador Flávio Bolsonaro, mostrando o pai falando ao telefone durante ato em Copacabana, reforçou a repercussão política.