A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (30) mostra que o governo federal tem baixa aprovação no quesito segurança pública, avaliação inferior à gestão dos executivos estaduais.
Enquanto 36% aprovam o desempenho dos governos estaduais, o índice cai para 25% quando o avaliado é o Planalto.
A impopularidade do governo federal na área de segurança pública parte da percepção dos cidadãos de que o crime organizado e a violência são problemas nacionais – 70% dos entrevistados pela Quaest defendem esta tese, enquanto 26% afirmam que ambos os problemas são regionais.
No entanto, independente da responsabilidade, 85% dos entrevistados desejam uma ação conjunta entre a União e os estados, a fim de reduzir a violência urbana que assola todo o país.
Já em relação aos poderes Legislativo e Judiciário, a percepção é ainda mais negativa, uma vez que 86% afirmam que a legislação é fraca e favorece os bandidos.
O diretor da Quaest, em entrevista ao g1, afirmou que a sensação geral dos entrevistados é a de que a polícia prende, enquanto a justiça solta. A visão é uma prova do amadurecimento do leitor, pois reflete uma análise sofisticada sobre o problema.
A população consegue identificar ainda que a violência se profissionalizou e demanda soluções nacionais, entre elas leis mais rígidas.
O tema deve pautar as eleições gerais de 2026.
Avaliação da atuação dos governos federal e estadual na segurança pública
Atuação federal
Positiva: 25%;
Regular: 32%;
Negativa: 38%.
Não sabe/não respondeu: 5%.
Atuação estadual
Positiva: 36%;
Regular: 29%;
Negativa: 28%;
Não sabe/não respondeu: 7%.
A violência e o crime organizado são problemas nacionais ou regionais?
Nacionais: 70%;
Regionais: 26%;
Não sabe/não respondeu: 4%.
O combate ao crime organizado deve ser responsabilidade de quem?
Do governo estadual e do governo federal: 85%;
Apenas do governo estadual: 9%;
Não sabe/não respondeu: 6%.
Você concorda que a polícia prende bandido, mas a justiça solta porque a legislação é fraca?
Concorda: 86%,
Não concorda nem discorda: 1%;
Discorda: 11%;
Não sabe/não respondeu: 2%.
*Com informações do g1.
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