A inflação oficial do Brasil desacelerou em maio, puxada por quedas nos preços de alimentos e passagens aéreas.
Entre os produtos que mais recuaram no mês estão o tomate (-13,52%), o arroz (-4,00%), o ovo de galinha (-3,98%), as frutas (-1,67%) e as passagens aéreas (-11,31%).
Todos os combustíveis também caíram: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).
Os dados são do IBGE. A inflação oficial no país é medida pelo IPCA, principal indicador do instituto.
Com essas quedas, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu apenas 0,26% em maio, abaixo dos 0,43% registrados em abril.
Em 12 meses, a inflação acumulada está em 5,32%. No ano, o índice soma alta de 2,75%.
Segundo o IBGE, a desaceleração foi puxada pelo grupo Alimentação e bebidas, que passou de 0,82% em abril para 0,17% em maio — menor variação mensal desde agosto de 2024. O grupo Transportes também contribuiu, com queda de 0,37%, puxada pelas passagens aéreas e pelos combustíveis.
Já o grupo Habitação foi o principal foco de pressão inflacionária, com alta de 1,19% em maio. A energia elétrica residencial subiu 3,62% e sozinha teve impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral. A alta é explicada pela adoção da bandeira tarifária amarela, que adiciona R\$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
INPC também desacelera
O INPC, que mede a inflação para famílias com renda mais baixa, subiu 0,35% em maio. No acumulado de 12 meses, está em 5,20%. Em maio de 2024, a taxa foi de 0,46%.
Os alimentos desaceleraram de 0,76% em abril para 0,26% em maio. Os não alimentícios variaram pouco: 0,39% em abril e 0,38% em maio.
Assim como no IPCA, Brasília teve a maior alta (1,24%) e Rio Branco a menor (0,09%).