Vladimir Putin, presidente da Rússia, declarou que seu colega norte-americano, Donald Trump, irá “restabelecer” rapidamente a ordem mundial e conseguirá submeter com facilidade as “elites europeias” que, de acordo com o líder russo, tentaram boicotar “ativamente” seu retorno à Casa Branca.
“Com o seu caráter e a sua perseverança, Trump restabelecerá rapidamente a ordem. Em breve, todos se colocarão do lado do mestre, abanando a cauda carinhosamente”, afirmou Putin ao jornalista russo Pavel Zarubin, que divulgou trechos de uma entrevista no seu canal do Telegram. A entrevista será transmitida na noite de domingo pela televisão estatal.
“Acho que eles [os líderes europeus] gostavam mais da forma de pensar de Biden, mas Trump tem ideias diferentes sobre o que é bom e o que é mau, incluindo sobre políticas de género e outras questões”, acrescentou o presidente russo, repetindo a acusação de que as “elites” europeias “interferiram na vida política e no processo eleitoral nos Estados Unidos” e ficaram “confusas” com a vitória do republicano contra Kamala Harris nas eleições norte-americanas de novembro.
Putin afirmou que a Europa já teve líderes políticos de renome mundial, como os franceses Charles de Gaulle, François Mitterrand e Jacques Chirac, e os alemães Willy Brandt, Helmut Kohl e Gerhard Schröder, e lamentou que “hoje em dia praticamente não existam pessoas assim”.
O presidente russo também aproveitou a oportunidade para se pronunciar na Alemanha, durante as comemorações do 80º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz, evento do qual a Rússia foi excluída devido à invasão da Ucrânia. Segundo Putin, as gerações atuais não têm culpa pelos crimes do nazismo.
“A sociedade alemã atual não tem nada a ver com isso. Sim, a memória histórica existe, e é óbvio que devemos recordá-la e não esquecê-la. Mas transferir a culpa pelo que aconteceu para as atuais gerações de alemães parece-me injusto”, disse.
A declaração do líder russo é semelhante à posição defendida por Elon Musk, conselheiro de Trump, em uma recente participação em um comício do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, o que foi posteriormente criticado pelo governo de Berlim, que considera essa relutância em assumir a chamada “culpa histórica” como uma postura neonazista.
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