Com os Estados Unidos intermediando um processo de acordo de paz de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia, as potências estão reagido de formas diferentes. Enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, continua sem uma decisão oficial e priorizando retomar a posição do país como antigamente, suas tropas reconhecem o cessar-fogo como uma possível vantagem estratégica para Kiev.

Segundo fontes do exército que falaram com o portal The Moscow Times, qualquer pausa nos combates daria tempo para a Ucrânia retomar suas forças e reforçar suas posições.

“Todos [no exército] consideram um cessar-fogo temporário um completo absurdo”, declarou um soldado russo, ressaltando que as tropas não receberam nenhuma ordem para interromper os preparativos militares, diante disso, pode se entender que para as pessoas da região a guerra ainda está longe de ser finalizada.

“Ninguém espera voltar para casa até o verão” (…) Todos entendem que estamos nisso para o longo prazo“, disse o soldado.

Putin, por sua vez, durante uma visita a Kursk, onde apareceu pela primeira vez em uniforme militar, declarou que sua principal preocupação está na fiscalização do cessar-fogo, já que a linha de frente se estenderia por milhares de quilômetros, ainda com as tropas ucranianas presentes.

Para ele, uma trégua a esta altura poderia beneficiar muito mais a Ucrânia do que o seu próprio país. O presidente russo declarou ter “sérias dúvidas” sobre a iniciativa de Washington.

O enviado dos EUA, Steve Witkoff, esteve em Moscou para apresentar a proposta e levar a resposta de Putin a Trump. Foi organizada uma reunião entre os dois líderes para que a medida seja melhor discutida.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, admitiu um “otimismo cauteloso” sobre o desfecho dessas tratativas. Trump, por sua vez, classificou a resposta de Putin como “promissora, mas incompleta”.

O encontro entre os dois presidentes poderá definir os próximos passos da guerra, mas, até o momento, as duas nações seguem desconfiadas e com incertezas, especialmente Putin, que enxerga a mediação como uma manobra estratégica.

*Com informações do The Moscow Times.

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Last Update: 14/03/2025