
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou apoio ao Irã em uma reunião com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, nesta segunda-feira (23) em Moscou. Ele classificou os ataques contra Teerã como “infundados” e condenou a ofensiva dos Estados Unidos contra o país persa.
Durante o encontro, Putin também enviou seus “melhores votos” ao líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, e afirmou que existe um apoio mútuo entre Rússia e Irã. O ministro Araqchi expressou sua gratidão à Rússia pela firme postura contra as ações dos EUA, afirmando que o país está “do lado certo da história” ao se opor à agressão.
O apoio de Moscou ao Teerã surge como uma tentativa de fortalecer as relações entre os dois países, especialmente em tempos de guerra no Oriente Médio. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou sobre os ataques americanos e acusou os EUA de agravarem a situação na região.
Para ele, os EUA abriram uma nova “espiral de escalada” no Oriente Médio e a ofensiva pode ter consequências para a estabilidade regional.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) fez um apelo durante uma reunião no conselho de governadores da ONU (Organização das Nações Unidas), pedindo um cessar-fogo no Irã para permitir que equipes da agência possam realizar inspeções nas instalações nucleares iranianas.
O chefe da AIEA, Rafael Grossi, pediu uma pausa na guerra para garantir que as condições de segurança permitam que os inspetores acessem as áreas afetadas pelos ataques, especialmente as instalações nucleares de Natanz, Isfahan e Fordow, que foram alvos de mísseis americanos no fim de semana.
Grossi apontou que as centrífugas nucleares, equipamentos sensíveis e vitais para o programa nuclear iraniano, podem ter sido danificadas pelos ataques. A agência internacional expressou sua preocupação em avaliar os danos internos das instalações, já que as informações sobre o impacto direto nas infraestruturas subterrâneas ainda não estão claras.