O presidente Lula recebeu nesta segunda-feira (18) um telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin. De acordo com o governo, a conversa durou 30 minutos e nela o mandatário russo relatou o encontro que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Alasca (EUA), na última sexta-feira (15).
A avaliação passada por Putin é que o encontro foi positivo. Ainda segundo o Palácio do Planalto, ele reconheceu os esforços de Brasil e China no Grupo de Amigos da Paz, uma iniciativa conjunta que visa trabalhar para a resolução de conflitos, como a guerra com os ucranianos.
Nas redes sociais, Lula comentou a conversa: “Agradeci o telefonema do presidente e reafirmei o apoio do Brasil a todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia.”
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A embaixada da Rússia no Brasil confirmou as informações e destacou “o interesse mútuo no desenvolvimento do diálogo russo-brasileiro, bem como na estreita cooperação no âmbito do Brics.”
Ligações
No último dia 9, os líderes de Brasil e Rússia também conversaram por telefone. Na oportunidade, conversaram sobre a intermediação dos EUA na guerra e dos resultados da Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro (RJ), em julho.
A sequência de diálogos de Lula com Putin revela a importância e o reconhecimento do papel brasileiro nas discussões internacionais. Mesmo com Trump manipulando as ações em benefício de seus interesses, Putin mantém a aproximação com Brasil, China e Índia, que são países essenciais para se contrapor às medidas dos EUA por meio do Brics, ao mesmo tempo que são os maiores alvos de sanções do tarifaço norte-americano.
Ucrânia
Nesta segunda-feira (18), Trump se reúne na Casa Branca o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, e outros líderes europeus como, Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia).
A expectativa é de avanços por uma paz negociada entre as partes, considerando o que foi tratado, na sexta-feira, com Putin, que quer o reconhecimento da anexação dos territórios já ocupados para pôr fim ao conflito.