O PT ingressará com uma representação contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara, disse nesta segunda-feira 26 o líder do partido, Lindbergh Farias (RJ).
Segundo o petista, a legenda pedirá a cassação do mandato do filho de Jair Bolsonaro (PL) por crimes contra a soberania do Brasil.
“Ele está conspirando, claramente, contra uma instituição nacional. Não é contra o PT, não é contra um lado. É contra o STF. Contando inverdades de que aqui existe uma ditadura”, afirmou Lindbergh. “Fica claro que ele está querendo coagir os ministros do STF com uma pressão como essa.”
A decisão do PT ocorre no dia em que a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito contra Eduardo. O ministro Alexandre de Moraes é o relator da solicitação e determinou a abertura de investigação.
Paulo Gonet, chefe da PGR, sustenta que o deputado do PL busca obstruir investigações, por meio de coação no curso do processo e atentado à soberania do Brasil. A demanda da Procuradoria atendeu a uma representação criminal de Lindbergh.
Em post no X, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil “vive um estado de exceção”. “E ainda botam mais pressão para Moraes e cia. serem sancionados”, disse.
Eduardo está licenciado desde 20 de março, quando pediu 122 dias de dispensa dos trabalhos na Câmara para “cuidar de interesses particulares”, segundo ele.
O deputado tem trabalhado ativamente para pressionar deputados americanos e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, por sanções contra Alexandre de Moraes por suposta violação da liberdade de expressão e dos direitos humanos. Na última quarta 21, Rubio disse que o governo norte-americano considera aplicar punições.