A aguardada Reforma Ministerial no governo Lula depende crucialmente de suas decisões. Arthur Lira (foto/reprodução internet), presidente da Câmara dos Deputados, tem sinalizado para seus aliados que qualquer mudança deverá alinhar ministros aos interesses do Congresso. Informações indicam que tanto Lira quanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, estão sendo considerados para assumir cargos na Esplanada, com Pacheco possuindo maior abertura para essa oportunidade, especialmente em vista das articulações eleitorais de 2026.
Um aspecto crítico dessa discussão é a desproporção entre a representação ministerial do PT e sua influência legislativa, uma vez que, apesar de controlar pastas importantes, o partido detém apenas 12% dos votos na Câmara, comprometendo a aprovação de projetos essenciais. Partidos como PSD, União Brasil e MDB estão bem-posicionados para ganhar com uma redistribuição de ministérios, o que poderia facilitar a tramitação de pautas significativas e melhorar a baixa taxa de conversão de medidas provisórias em leis. O entendimento é o de que a adoção de uma nova estrutura ministerial não só articularia uma base governista mais sólida, mas também criaria um ambiente propício para enfrentar desafios fiscais e econômicos futuros. Inversamente, a recusa em promover tais mudanças pode resultar em crescente desgaste político e dificuldades na governabilidade.