Deputados Alencar Santana e Lindbergh Farias sentados lado a lado, sérios, conversando
Deputados Alencar Santana e Lindbergh Farias, do PT – Thiago Coelho/Arquivo

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou, nesta terça-feira (20), uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a abertura de investigação criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o senador Izalci Lucas (PL). O pedido foi apresentado pelo deputado federal Alencar Santana (PT-SP), pelo líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), e por outros 22 parlamentares da bancada petista.

A representação tem como base uma declaração feita por Izalci em entrevista à CNN Brasil, na qual o senador admitiu ter recebido denúncias sobre fraudes que somariam mais de R$ 70 milhões no INSS, envolvendo aposentadorias, seguro-defeso e empréstimos consignados.

Segundo Izalci, ele repassou as informações diretamente ao então presidente Jair Bolsonaro, que teria se limitado a editar uma medida provisória genérica, sem acionar a Polícia Federal ou o Ministério Público.

Parlamentares apontam prevaricação e omissão deliberada

Para os deputados do PT, a postura de Bolsonaro e Izalci configura prevaricação, improbidade administrativa, condescendência criminosa e possível associação criminosa, caso fique comprovado que a omissão visava proteger aliados ou interesses eleitorais. Segundo Alencar Santana, trata-se de “uma omissão confessada em rede nacional”, que escancara a “cultura de blindagem institucional” do governo Bolsonaro.

O documento também solicita que a apuração seja apensada ao inquérito que já investiga o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, com o objetivo de garantir coerência investigativa e evitar o fracionamento da verdade processual. Além disso, o PT pede que órgãos como INSS, CGU, AGU e o Ministério da Previdência Social sejam oficiados para informar se houve algum tipo de investigação interna entre 2019 e 2022.

Segundo a representação, a conduta de Bolsonaro, mesmo ciente das denúncias de fraudes no sistema previdenciário, demonstra “desprezo pela legalidade” e possível colaboração com o esquema. “O dolo de omissão se revela não apenas pela inércia, mas também pela institucionalização do encobrimento”, destaca o documento protocolado na PGR.

Lista dos outros parlamentares que assinaram a representação:

  • Adriana Accorsi (GO)
  • Alfredinho (SP)
  • Ana Pimentel (MG)
  • Arlindo Chinaglia (SP)
  • Bohn Gass (RS)
  • Denise Pessôa (RS)
  • Elton Welter (PR)
  • Erika Kokay (DF)
  • Fernando Mineiro (RN)
  • Helder Salomão (ES)
  • Jack Rocha (ES)
  • Jorge Solla (BA)
  • Marcon (RS)
  • Natália Bonavides (RN)
  • Nilto Tatto (SP)
  • Padre João (MG)
  • Patrus Ananias (MG)
  • Pedro Uczai (SC)
  • Reimont (RJ)
  • Rogério Correia (MG)
  • Rubens Otoni (GO)
  • Tadeu Veneri (PR)

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Last Update: 20/05/2025