O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) protocolou nesta segunda-feira (8) no Supremo Tribunal Federal (STF) representação contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em razão de declarações proferidas no dia 7 de setembro, durante manifestação na Avenida Paulista.
Na peça, o parlamentar aponta que Tarcísio ultrapassou os limites da crítica política ao atacar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a trama golpista de 8 de janeiro de 2023. O governador afirmou que “não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer” e acusou Moraes de “tirania”, em clara incitação à desobediência das decisões da Suprema Corte.
Leia mais: Desfile de 7 de Setembro realça soberania do Brasil nos 203 anos da independência
Investigação
A representação pede que a conduta seja investigada por configurar, em tese, os crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), incitação ao crime (art. 286 do CP) e abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do CP), por tentar restringir ou impedir o funcionamento do Poder Judiciário. Também requer que o caso seja remetido à Procuradoria-Geral da República para análise, abertura de inquérito e eventual oferecimento de denúncia.
Leia mais: Tarcísio: o candidato do golpe
Impeachment
Além disso, o documento pede a adoção de medidas cautelares para impedir a reiteração das condutas e a comunicação à Assembleia Legislativa de São Paulo, a fim de apurar crime de responsabilidade, passível de abertura de processo de impeachment.
Segundo Rui Falcão, “um governador não pode usar sua posição institucional para incitar a população contra o STF, atacar o relator durante o julgamento da trama golpista e insuflar o descumprimento de decisões judiciais. Isso é atentar contra a democracia e contra a Constituição.
Leia a íntegra da Representação clicando aqui.
Do PT Câmara