A fusão entre PSDB e Podemos mais parece um tipo de casamento por conveniência, que começa com disputa de herança. Um quer o sobrenome, o outro a presidência — nenhum parece ter projeto político além da sobrevivência eleitoral. Renata Abreu (foto/reprodução internet), do Podemos, exige o comando com base na matemática parlamentar. O PSDB cada vez mais irrelevante, já foi farol da social-democracia tropical e hoje aceita dividir a cama com uma legenda de fisiologia dispersa. A fusão pode até sair, mas o partido novo nasce velho, sem alma, sem coerência, e já rachado pela disputa de poder. Uma soma que talvez resulte em subtração — de relevância, de votos e de qualquer pretensão programática.
