Na última quinta-feira (5), o PSDB aprovou a fusão com o Podemos por 201 votos a 2, visando superar a cláusula de desempenho e manter relevância política. A decisão, tomada em convenção híbrida, autoriza a Executiva a negociar o estatuto e o programa do novo partido, provisoriamente chamado PSDB+Podemos. Divergências persistem sobre a liderança, com o Podemos reivindicando a presidência para a deputada Renata Abreu, enquanto o PSDB propõe rodízio semestral até as eleições municipais.

O processo deve ser submetido ao Tribunal Superior Eleitoral em julho, com aprovação prevista até outubro. A nova sigla planeja formar uma federação com partidos como o Solidariedade. Na prática, o PSDB incorporará o Podemos para evitar punições por romper a federação com o Cidadania. Presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo declarou que “o objetivo é voltar a ser o grande protagonista nacional.” O deputado Aécio Neves, por sua vez, disse que com isso, a agremiação estava “construindo alternativa de centro para o Brasil, como fizemos há 37 anos”.

O PSDB enfrenta declínio desde a Lava Jato e o avanço do bolsonarismo, elegendo apenas 13 deputados federais em 2022, contra 99 em 1998. O Podemos, sob Renata Abreu, tentou lançar Sergio Moro em 2022, mas rompeu com ele.

Atualmente o único governador tucano no Centro-Sul do Brasil, Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul declarou que apoia “integralmente a fusão.” A ex-prefeita de Pelotas Paula Mascarenhas também votou a favor. O novo mote, “radical no que importa”, busca reposicionar o partido contra o governo Lula e o bolsonarismo.

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Last Update: 06/06/2025