O tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento na CPMI do 8 de Janeiro – Foto: Agência Senado

Investigadores da Polícia Federal (PF) afirmam que as provas colhidas no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado são mais consistentes do que a própria delação de Mauro Cid, conforme informações do colunista Valdo Cruz, do G1.

A defesa de Jair Bolsonaro e dos demais envolvidos na trama golpista tentou anular a colaboração do ex-ajudante de ordens, mas o STF rejeitou por unanimidade. Ainda assim, o ministro Luiz Fux sinalizou que pode reavaliar o tema na fase de ação penal.

A PF rebateu o argumento do advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, que disse que Cid apenas confirmou teses já conhecidas. Para os investigadores, o tenente-coronel foi obrigado a esclarecer pontos que até então não tinham sido tratados, o que fortaleceu ainda mais o conjunto de provas reunidas. Um exemplo citado foi o envolvimento do general Braga Netto, que Mauro Cid omitiu inicialmente.

Na sessão desta quarta-feira (26), os ministros da Primeira Turma do STF devem votar se os oito acusados do chamado “núcleo crucial” se tornarão réus. A defesa também tentou anular a denúncia e transferir o julgamento para outro colegiado, mas teve todos os pedidos rejeitados. Advogados admitiram que a tendência é de aceitação unânime da denúncia.

Os denunciados são acusados de organização criminosa armada, tentativa de golpe, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, grave ameaça ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Jair Bolsonaro acompanhou a sessão de terça-feira (25) presencialmente, mas não compareceu na desta quarta.

Segundo o Metrópoles, o temor de o STF decretar uma prisão preventiva ou o uso de tornozeleira eletrônica em Bolsonaro logo após ele virar réu foi um dos principais motivos que levaram o ex-presidente a não comparecer ao segundo dia do julgamento.

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Last Update: 26/03/2025