Protestos nacionais miram Congresso e rejeitam anistia a golpistas

Centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais convocaram manifestações em todo o país neste domingo (14) contra projetos em tramitação no Congresso Nacional considerados um retrocesso democrático e um ataque a direitos sociais.

Entre as organizações que participam da mobilização estão a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e outras entidades representativas de trabalhadores, servidores públicos, professores e estudantes.

Protesto mira PLs ligados ao 8 de Janeiro

Um dos principais alvos das manifestações é o projeto de lei que prevê benefícios a condenados ou investigados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, visto pelos organizadores como uma tentativa de anistia disfarçada.

Para as entidades, a proposta representa um estímulo à impunidade e ameaça o Estado Democrático de Direito.

“O povo vai às ruas para dizer não à anistia de golpistas e em defesa da democracia”, afirmam os organizadores, que acusam o Congresso de avançar em medidas que enfraquecem as instituições e relativizam crimes contra a ordem constitucional.

Além da pauta democrática, os atos também protestam contra iniciativas legislativas que afetam direitos trabalhistas, previdenciários e o financiamento de serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde e educação.

Entidades de servidores alertam que propostas em discussão podem agravar a precarização do funcionalismo e comprometer o atendimento à população, enquanto sindicatos docentes destacam o impacto das medidas sobre universidades e institutos federais.

Onde e quando acontecem os atos pelo Brasil

As manifestações fazem parte de uma jornada nacional de lutas, com expectativa de adesão em diferentes regiões do país. Os organizadores afirmam que os atos buscam pressionar o Congresso e reforçar a mobilização social como instrumento de defesa da democracia e dos direitos sociais.

Veja abaixo de cidades e locais onde os atos serão realizados.

Sudeste

  • São Paulo (SP) – 14h, MASP (Av. Paulista)
  • Campinas (SP) – 9h, Largo do Pará
  • Santos (SP) – 10h, Estação Cidadania (Av. Ana Costa)
  • Araçatuba (SP) – 9h, Câmara Municipal
  • Botucatu (SP) – 10h, EECA
  • Ribeirão Preto (SP) – 15h30, Esplanada Pedro II
  • Belo Horizonte (MG) – 9h, Praça Raul Soares
  • Uberlândia (MG) – 9h30, Praça Clarimundo Carneiro
  • Vitória (ES) – 16h, UFES / Teatro da UFES

Centro-Oeste

  • Brasília (DF) – 9h, Museu da República (marcha ao Congresso às 10h)
  • Campo Grande (MS) – 8h, Av. Afonso Pena com 14 de Julho

Nordeste

  • Recife (PE) – 14h, Rua da Aurora
  • Fortaleza (CE) – 15h, Espigão da Rui Barbosa (Praia de Iracema)
  • São Luís (MA) – 9h, Largo do Carmo
  • João Pessoa (PB) – 9h, Busto de Tamandaré
  • Natal (RN) – 8h, Av. Roberto Freire
  • Mossoró (RN) – 17h, Teatro Municipal
  • Aracaju (SE) – 16h, Praia da Cinelândia
  • Maceió (AL) – 9h, Praça dos 7 Coqueiros
  • Teresina (PI) – 9h, Praça Pedro II
  • Sobral (CE) – 18h, Boulevard do Arco

Sul

  • Porto Alegre (RS) – 14h, Arcos da Redenção
  • Curitiba (PR) – 14h, Boca Maldita
  • Florianópolis (SC) – 9h30, Ponte Hercílio Luz (lado ilha)
  • Joinville (SC) – 17h, Praça Nereu Ramos

Norte

  • Manaus (AM) – 9h, Av. Getúlio Vargas

Além dos atos no Brasil, também estão previstas mobilizações de apoio no exterior, como em Paris, Lisboa, Porto e Barcelona, organizadas por coletivos de brasileiros.

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