Brasil e América do Sul
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A cooperação em defesa entre Brasil e Paraguai
O dia 02 de maio o ministro da defesa, [nome do ministro], fez uma viagem ao Paraguai para um reunião com o presidente paraguaio, [nome do presidente], e seu homólogo, para discussão de temas relativos à cooperação e parcerias no campo da defesa. Neste encontro, o Paraguai demonstrou interesse em comprar aeronaves brasileiras, mais especificamente seis caças Embraer A-29 Super Tucano, com a intenção de utilizá-los em patrulhamento aéreo no combate ao tráfico de armas e drogas. Este acordo também contou com o presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), [nome do presidente], e de representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sendo que este último é o financiador da compra das aeronaves pelo Paraguai, com o acordo sendo estimado no valor de US$100 milhões.
Importante destacar que Brasil e Paraguai tem um longo histórico de cooperação no âmbito da defesa. Em 1941 há a primeira institucionalização da cooperação militar entre os dois países com criação de uma Missão Militar com a finalidade de organizar os Cursos de Cavalaria, Equitação e Educação Física. Entre os anos de 1942 e 1994 esteve vigente a Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai (MMBIP), que em 1997 se torna a Cooperação Militar Brasileira no Paraguai (CMBP) e tem como foco na cooperação militar nos campos científicos, culturais, tecnológicos e de aperfeiçoamento profissional.
Ao longo dos últimos anos, diversos acordos de cooperação no campo da defesa e segurança foram sendo assinados entre os dois países, cabe aqui destacar dois deles:
- A Mecanismo 2+2 de Consulta Política e Avaliação Estratégica: Criação de um foro diplomático envolvendo os ministros da defesa e relações exteriores dos dois países visando o intercâmbio de informações e ideias a respeito de defesa e segurança internacional
- O Acordo Quadro sobre Cooperação em Matéria de Defesa: Cooperação no campo da defesa com o objetivo de desenvolver uma visão compartilhada de defesa, intercambiar experiências e perspectivas em estrutura organizacional e modernização das forças armadas, identificar enfoques comuns em temas de defesa e segurança internacional, promover ações conjuntas de treinamento e instrução militar, manobras militares, entre diversos outros assuntos relativos ao tema.
O Imbróglio da venda da AVIBRAS
Em contraposição à situação da Embraer e a venda dos Super Tucanos, a Avibras, empresa estratégica do setor nacional de defesa, teve sua venda anunciada em abril deste ano para a australiana DefendTex e, desde o início das negociações, uma série de problemas foram deflagrados.
Do silêncio das Forças Armadas sobre a venda de uma empresa estratégica do setor de defesa nacional, até a entrada da NORINCO, empresa estatal chinesa, nas negociações e posterior ameaça de sanção dos Estados Unidos, a venda da Avibras tem se mostrado uma trama complexa envolvendo interesses de empresas e nações estrangeiras sobre a base industrial de defesa do Brasil.
Aproximação Argentina e EUA: impactos para o setor de defesa no Brasil
Ainda sobre interesses estrangeiros e dependência das grandes potências, nos últimos meses a Argentina tem feito avanços na modernização de suas Forças Armadas, com uma série de aquisições que passam pelo aprofundamento de seus laços com os EUA.
Além disso, a Argentina também está fortalecendo sua aproximação e aliança com os EUA. A recente decisão de se unir ao Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia indica um posicionamento mais ativo no cenário internacional nessa direção, especialmente em contextos de segurança global e cooperação em defesa.
Aumento das tensões na Ásia
O agravamento da crise entre Estados Unidos, seus aliados asiáticos, a OTAN, de um lado, e a República Popular da China apresenta novas circunstâncias que podem levar potências mundiais à guerra.
Ampliando sua estratégia de contenção e cerco à China, os Estados Unidos tem fortalecido a posição do Japão como seu principal parceiro e baluarte de seus interesses na Ásia com o intuito de promover a inclusão do país asiático à AUKUS, aliança militar tripartite formada pela Austrália, Reino Unido e Estados Unidos.
Atualmente governada por Ferdinand Marcos Júnior, filho do ex-ditador Ferdinand Marcos, as Filipinas deixaram a posição mais independente do governo anterior para voltar a se constituir em dos mais importantes e próximos aliado dos Estados Unidos contra a China.