Aeroporto em Nova Jersey (EUA) após apagão. Foto: Bing Guan/Reuters

Os impactos do apagão global em sistemas da Microsoft podem demorar dias para serem corrigidos. A empresa já adotou medidas para solucionar falhas imediatas, mas especialistas em segurança cibernética avaliam que algumas organizações devem levar mais tempo para voltar ao normal.

A pane geral gerou mais problemas na Europa do que na América do Norte e na América Latina. No Reino Unido, por exemplo, a interrupção gerou falhas em empresas, postos de saúde, farmácias e longas filas em aeroportos, além de milhares de voos cancelados e canais de TV fora do ar.

A correção de todos os impactos não poderá ser automática e exigirá que as equipes técnicas das empresas atuem manualmente em cada máquina dos funcionários. Kevin Beaumont, especialista em informática, aponta que a tarefa “consome muito tempo” e terá que ser feita “em larga escala”.

“Como os sistemas não foram reiniciados, os que foram afetados precisarão ser reinicializados no ‘Modo de Segurança’ para remover a atualização defeituosa”, afirmou em entrevista à BBC.

Gerentes de TI de empresas têm relatado dificuldades, já que alguns cuidam de milhares de aparelhos, e um longo trabalho desde o início das falhas. Especialistas da área dizem que pequenas e médias empresas podem demorar ainda mais para retomar as atividades.

As companhias com mais recursos, como a American Airlines, já estão conseguindo resolver os problemas rapidamente.

Funcionários de escritório ficam sem trabalhar após “tela azul” em computadores. Foto: Reprodução

A Microsoft afirmou que a técnica do “liga-desliga” tem sido efetiva em alguns computadores, mas que algumas máquinas exigem a repetição do processo diversas vezes até que o aparelho volte ao normal. “Em alguns casos foi necessário desligar e ligar a máquina 15 vezes”, relatou a empresa.

O problema foi causado por um software de segurança da empresa Crowdstrike, uma das maiores do ramo no mundo. A companhia tem cerca de 24 mil clientes no mundo e o programa protege centenas de milhares de computadores no planeta.

Apesar do apagão desta sexta, o ataque cibernético WannaCry em maio de 2017 foi pior, segundo os especialistas. Na ocasião, uma versão antiga do Windows foi afetada e se espalhou de forma automática para cerca de 300 mil computadores em 150 países diferentes.

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Última Atualização: 19/07/2024