Na última sexta-feira, dia 21, os professores do estado de São Paulo, sob a direção da APEOESP, sindicato que representa a categoria, com a presença das correntes que o compõem, realizaram um ato em frente a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, localizada na Praça da República, no centro da capital.

A manifestação, com assembleia e paralisação dos professores, foi em reação à ditadura que vem sendo imposta nas escolas estaduais, na tentativa de destruir o ensino público do estado.

 A cada ano as condições dos professores da rede pública do estado de São Paulo vem piorando, as imposições ditatoriais do atual governo de Tarcísio de Freitas junto com o secretário de educação Renato Feder, vem transformando a vida dos professores em um verdadeiro inferno.

São muitos os problemas: não há reposição salarial, as atribuições de aulas ocorrem de maneira injusta, sem nenhuma transparência, não respeitando na prática o critério de pontuação; a recondução dos professores que depende de metas praticamente inalcançáveis.

Para que medidas como estas possam ser realizadas,o assédio moral vem se tornando um problema cada vez mais grave na vida dos professores, sendo responsável inclusive pelo falecimento da professora Analu Cristina Cerozzi da Silva Vieira, de 50 anos, da Escola Estadual Maria Carolina, em Diadema, cidade da grande São Paulo.

A professora, que questionava o volume abusivo de cobranças sofridas pela categoria, passou mal e não resistiu após ser socorrida, isso ocorreu durante uma reunião pedagógica, o chamado ATPC, que são realizadas semanalmente nas escolas.

Além disso, há a questão do concurso realizado no ano passado, onde a maioria dos professores aprovados não foram chamados para assumir o cargo, podendo atribuir aulas somente na condição de contratados, categoria que compõe quase a totalidade dos professores da rede.

Como se não bastasse, ainda há o problema da construção de escolas para serem entregues à iniciativa privada, além da tentativa de privatização de escolas já existentes, assim como o esforço do governo para a militarização de diversas unidades escolares.

Dentre as correntes presentes no ato, estavam os Educadores em Luta, do Partido da Causa Operária. Em intervenção durante o ato, Antonio Carlos Silva, diretor da corrente declarou: “Nós estamos numa profunda revolta porque infelizmente a situação da companheira Analu não é única, tem milhares de professores ficando doentes, nós estamos sendo torturados todos os dias (…) só para repor as nossas perdas salariais seria necessário um reajuste de pelo menos 40% do nosso salário, nós estamos comendo o pão que o diabo amassou nas escolas”.

 As principais resoluções da assembleia foram: intensificar a campanha contra as escolas cívico militares, realizar assembleias regionais, intensificar diálogo com a comunidade, realizar articulações com estudantes e movimentos sociais, realizar abaixo assinado em defesa da educação pública e a greve a partir do dia 25 de abril.

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Last Update: 23/03/2025