
Um professor do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da Universidade de São Paulo (USP), foi afastado por 180 dias depois de uma sucessão de reclamações de assédio sexual e moral.
Conforme reportagem do g1, a USP confirmou que José Maurício Rosolen foi alvo de um processo administrativo disciplinar após apuração preliminar das denúncias. A decisão de suspender o professor por 180 dias foi tomada no último dia 4 de setembro de 2024, visando garantir a investigação interna. O docente foi contatado, mas não retornou os pedidos de posicionamento sobre o caso.
Duas ex-alunas relataram que o comportamento do professor incluía “toques em lugares inadequados” e abordagens constrangedoras, como convites para “ir à academia juntos ou viajar e dividir um quarto de hotel”. Ao recusar, as vítimas alegam ter sofrido ameaças e assédio moral, inclusive “pressão para cortar bolsas de estudo” se não aceitassem suas exigências.

As estudantes também afirmam que, entre elas, existia um “acordo tácito” para nunca deixar nenhuma mulher sozinha com o professor no laboratório. Uma terceira fonte, que preferiu não se identificar, afirma ter entregue à comissão responsável pelo processo administrativo uma lista com o nome de 16 mulheres que acusam o docente de assédio. Ela, no entanto, não soube informar quantas dessas pessoas foram de fato ouvidas durante as investigações da universidade.
Até o momento, não há registro de inquérito policial relacionado ao caso. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) informou que não existem investigações contra Rosolen por parte da Polícia Civil, tampouco boletins de ocorrência em aberto. Enquanto isso, o professor permanece afastado, aguardando a conclusão do processo administrativo instaurado pela USP.
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