A Procuradoria-Geral da República recebeu, nesta quarta-feira 24, uma notícia-crime da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) contra sua colega Érika Hilton (PSOL-SP) por supostas ofensas feitas durante uma sessão da Câmara, no início de junho.
Trata-se de um procedimento padrão nestes casos. Agora, cabe ao procurador-geral Paulo Gonet Branco decidir quais providências podem ser tomadas. A bolsonarista pede 5 milhões de reais em indenização por danos morais.
O pedido envolve uma troca de farpas ocorrida durante audiência destinada a ouvir a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, em 5 de junho.
No plenário, Zanatta acusou Hilton de “agredir todo mundo, e depois sair acusando os outros de transfobia”. Além disso, também defendeu a saída da ministra Cida do cargo.
Em resposta, Érika afirmou que Zanatta era “ridícula”, “feia” e “ultrapassada”. “Vai hidratar esse cabelo. Vai se cuidar, pelo amor de Deus”, completou Érika.
Durante essa mesma audiência, Erika foi vítima de transfobia por parte do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Para defender Zanatta, Ferreira disse que “pelo menos ela é ela”.
Por causa da fala de Nikolas, Erika acionou o MPF para que ele seja obrigado a indenizá-la em 5 milhões de reais, além de cobrar uma investigação contra o parlamentar.
A reportagem pediu um posicionamento à assessoria de imprensa da deputada Érika Hilton e aguarda retorno.