Procurador-Geral da República se opõe às detenções ordenadas pelo ministro Dias Toffoli

O PGR, Paulo Gonet e o ministro Alexandre de Moraes: eles discordam sobre a prisão dos envolvidos no caso da Abin Paralela (11). Reprodução

O Procurador-Geral da República, João Gonet, emitiu uma manifestação contrária às prisões realizadas hoje pela Polícia Federal na segunda fase da operação Última Milha, que investiga um suposto esquema ilegal de espionagem durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet argumentou contra a necessidade das prisões preventivas solicitadas pela PF e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele destacou que não há novos eventos ou evidências contemporâneas que justifiquem a detenção dos investigados.

O PGR enfatizou que os supostos crimes de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo Bolsonaro, ocorreram entre 2019 e 2022, e sugeriu que medidas menos drásticas, como busca e apreensão, seriam suficientes para proteger a integridade das investigações.

Esse posicionamento contrasta com a visão de Moraes, que defendeu as prisões argumentando a gravidade dos crimes investigados e o risco de que os investigados, que possuem acesso a informações obtidas ilegalmente na Abin, possam interferir nas investigações em curso.

O ministro do STF considerou que há um contexto de ataques às instituições que persiste de maneira semelhante ao período investigado, indicando a existência de uma suposta organização criminosa com um caráter permanente.

Na operação de hoje, foi determinada a prisão de cinco pessoas, incluindo ex-assessores do Ministério das Comunicações, empresários e membros da Abin sob a gestão de Bolsonaro.

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