O procurador-geral da República, Paulo Paulo Gonet, manifestou-se contra o pedido de revogação da prisão preventiva do general Mário Fernandes, apontado pela Polícia Federal como o responsável pela elaboração do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
No parecer enviado ao STF, Gonet afirmou que a defesa do militar não apresentou argumentos que afixem os elementos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva.
A situação fática e jurídica que autorizou a decretação da prisão preventiva de Mário Fernandes mantém-se inalterada, não tendo nos autos fato novo capaz de modificar o entendimento já proferido pelo relator.
No relatório da PF, Fernandes é descrito como um dos líderes mais radicais na articulação do plano para assassinar as autoridades.
Segundo as investigações, o plano foi impresso pelo general no Palácio do Planalto e previa a criação do “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” após os assassinatos, previsto para o dia 16 de dezembro de 2022.