A Procuradoria-Geral da República se manifestou contra o pedido da defesa do general Mário Fernandes, ex “número 2” da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro, que pedia a revogação da prisão preventiva.
Ele é apontado como idealizador do plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Segundo o parecer enviado ao STF, assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, a situação que resultou no pedido de prisão preventiva permanece inalterada “não havendo nos autos fato novo capaz de modificar o entendimento já proferido pelo eminente ministro relator na decisão”.
Os advogados do general citam o suposto “histórico de excelentes serviços prestados ao país ao longo de sua carreira”. A PF indiciou o ex-presidente, Fernandes, Braga Netto e mais 34 pessoas sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A avaliação dos investigadores é que o grupo, sob a liderança de Bolsonaro, criou, desenvolveu e disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral desde 2019, primeiro ano do governo anterior.
A ideia era se proteger em uma eventual derrota de Bolsonaro nas urnas e construir a base para os atos que ocorreram após a vitória de Lula em outubro de 2022.