Na quinta-feira (22), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o vazamento de mensagens de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) tinha como objetivo questionar as investigações conduzidas pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Em sua manifestação, Gonet destacou que esses vazamentos tiveram a intenção de desestabilizar as instituições republicanas e incitar atos antidemocráticos.
Gonet declarou que o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional foi uma tentativa clara de colocar em dúvida a legitimidade e a integridade das investigações em curso no STF. Ele enfatizou que essas informações foram divulgadas recentemente por veículos de comunicação com o propósito de minar a confiança pública nos trabalhos investigativos conduzidos pelo ministro Barroso.
“Na espécie, o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional, recentemente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”, disse.
O PGR defendeu a apreensão do celular do ex-servidor do gabinete de Barroso, Mauro Tagliaferro, como uma medida necessária para identificar os responsáveis pelos vazamentos. “A apreensão é relevante para cessar as práticas delitivas e resguardar a segurança e a lisura de importantes trabalhos investigativos que estão a serviço da coletividade”, afirmou.