Inicialmente, o presidente receberá sedação ou anestesia local, permanecendo relaxado e sem dor. Em seguida, o médico introduzirá um pequeno tubo em uma artéria localizada na virilha ou no braço, que será guiado até a artéria meníngea média do crânio com o auxílio de imagens de raio-x.
A embolização, propriamente dita, consiste na aplicação de uma substância especial (como partículas, cola médica ou pequenas espirais de metal) para bloquear o fluxo sanguíneo no vaso comprometido, interrompendo o suprimento de sangue para o hematoma.
Esse procedimento proporciona uma recuperação mais rápida e menos invasiva em comparação com uma cirurgia aberta no crânio, podendo evitar a necessidade de intervenções mais complexas. Geralmente, o paciente é monitorado por algumas horas ou até um dia no hospital, sendo liberado para retomar suas atividades normais em poucos dias.
O médico de Lula, Roberto Kalil Filho, destacou que a embolização já vinha sendo considerada como um “complemento”. “Quando você drena um hematoma, existe uma pequena possibilidade de que, no futuro, as pequenas artérias da meníngea ainda possam causar um novo sangramento”, explicou.
Quadro de saúde de Lula
O presidente teve que passar por uma cirurgia de emergência na última terça (10) após sentir dores de cabeça e sonolência, tendo que ser internado às pressas. Os sintomas são consequências de uma queda que o petista sofreu no banheiro do Palácio da Alvorada em 19 de outubro.
Lula foi encaminhado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde segue em observação, após a cirurgia. A equipe médica afirmou, nesta quarta (11), que ele está “lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem”.