A prática conhecida como “dezembrada”, revela uma preocupante estrutura de privilégios no setor público brasileiro, onde sobras orçamentárias dos tribunais são utilizadas para conceder bônus exorbitantes a juízes e procuradores. Essa manobra, que permite a distribuição de penduricalhos financeiros, resulta em salários que podem atingir centenas de milhares de reais, evidenciando um abismo entre categorias do serviço público. Em dezembro do ano passado, os Tribunais de Justiça desembolsaram impressionantes R$ 1,5 bilhão em benefícios extras, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa situação levanta questões sobre a legalidade e a moralidade desses pagamentos, que ocorrem sem a devida tributação. Enquanto o governo propõe uma reforma do Imposto de Renda sob a bandeira da “justiça social”, as isenções permitidas para magistrados mostram um claro favorecimento. A legislação atual parece combater a desigualdade de formas superficiais, deixando intactos os privilégios de uma elite que manipula as regras em benefício próprio. (foto/reprodução internet)
