“Vender a Petrobras, Banco do Brasil e Caixa é um erro que compromete o futuro do país.” Foi assim que o líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), descreveu a ideia defendida no editorial da Folha de S.Paulo, que propõe a privatização de empresas públicas brasileiras. Jerry discordou da proposta, ressaltando a importância dessas empresas para o desenvolvimento nacional e advertindo que a privatização não beneficia o país.
“O editorial da Folha apresentou um plano de governo que ataca as empresas essenciais para o crescimento nacional,” disse Jerry.
O texto da Folha argumenta que as privatizações são parte de um processo que reformou o Estado brasileiro e promoveu a venda de empresas importantes, como Embraer e Vale, além de setores de telefonia, energia elétrica e bancos estaduais. Segundo o editorial, essas privatizações tiveram sucesso e foram apoiadas por administrações que inicialmente se opuseram à ideia. O editorial também destaca a existência de 123 empresas sob controle direto ou indireto do Tesouro Nacional, afirmando que poucas justificam tal controle. A Folha argumenta que a privatização criteriosa, com regulação adequada, é o caminho a seguir para promover a competição e proteger os interesses dos consumidores.
Além de Jerry, o editorial também recebeu críticas da Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. “O editorial da Folha ignora o papel estratégico das empresas públicas para a economia brasileira, incluindo os setores financeiro e energético,” disse a representante do Governo Lula.