Nesse domingo (19), ocorreu a primeira troca de prisioneiros do acordo de cessar-fogo entre o Estado nazista de “Israel” e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe). O grupo palestino liberou três israelenses – Doron Steinbrecher, de 31 anos, Emily Damari, de 28, e Romi Gonen, de 24 -, enquanto a entidade sionista liberou 90 palestinos.
Uma vez mais, a troca de prisioneiros reforçou a diferença gritante entre a forma como “Israel” e o Hamas tratam aqueles sob sua custódia. Enquanto os reféns palestinos são torturados e passam fome, os prisioneiros do Hamas são tratados com dignidade, conforme os princípios do grupo e do próprio Islã.
Entre os prisioneiros palestinos libertados, está Abla Abdel-Rasoul Sa’adat, esposa do líder palestino preso Ahmad Sa’adat, cuja prisão havia sido renovada havia poucos dias por “Israel”.
Também esteve entre os libertados Bushra al-Tawil, jornalista palestina libertada que foi presa sete vezes, incansável defensora dos presos políticos palestinos.
Uma das libertações mais celebradas foi a de Khalida Jarrar, membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) do Conselho Legislativo Palestino (CLP). Nas imagens capturadas do momento de sua libertação, é possível ver a mudança significativa em sua aparência, refletindo o sofrimento de presos e detidos.
A libertação dos prisioneiros palestinos foi recebida com grande festa nas ruas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Em várias imagens, palestinos aparecem com a bandeira do Hamas, o responsável por liderar a luta pela libertação dos reféns feitos pela ocupação sionista.
O Hamas afirmou que as cenas alegres dos palestinos recebendo o primeiro grupo de prisioneiros libertados no acordo de cessar-fogo refletem o forte apoio popular à Resistência e ressaltam o apoio massivo que tem do povo. Em um comunicado emitido pelo partido, o Hamas afirmou que as multidões de palestinos que saem para receber os prisioneiros libertados, apesar das medidas repressivas de “Israel” e da Autoridade Palestina, representam uma declaração de desafio contra a ocupação sionista e “uma expressão de sua sede de liberdade e libertação da terra e dos locais sagrados”.
O Hamas enfatizou que o acordo ressaltou “o forte contraste entre os valores e a moral da Resistência e a barbárie e o fascismo da ocupação”.
Isso ficou particularmente claro nas imagens da entrega das três prisioneiras sob a custódia do Hamas, que estavam em excelente saúde física e psicológica. Ao mesmo tempo, sinais de negligência, exaustão, abuso e agressão eram vistos nos reféns palestinos libertados.
No final de sua declaração, o Hamas reafirmou seu compromisso de garantir a liberdade completa para os prisioneiros, “no caminho para libertar nossa terra e nossos locais sagrados e derrotar a ocupação fascista”.