Ministros da Corte entenderam que a detenção é fundamental para evitar que o aliado de Jair Bolsonaro interfira nas investigações sobre golpe de Estado

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão do general Walter Braga Netto. Ele está detido sob a acusação de tentar interferir nas investigações sobre golpe de Estado. O militar é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrante do “Núcleo Central” da trama golpista que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que derrotou Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Além do presidente Lula, os integrantes da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado tentaram impedir também a posse do vice-presidente Geraldo Alckmin. Braga Netto foi vice na chapa perdedora liderada por Bolsonaro. O julgamento que decidiu pela manutenção da prisão do general ocorreu por meio do plenário virtual e analisou um pedido da defesa. A Primeira Turma, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, entendeu que é necessário que a detenção seja mantida para preservar as investigações.

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O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que votou pela continuidade da prisão. O voto dele foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Braga Netto é um dos 34 denunciados pela PGR por golpe de Estado. O julgamento da aceitação da denúncia está previsto para ocorrer nos dias 25 e 26 deste mês.

A Procuradoria afirma que Braga Netto tinha plena ciência das ações golpistas e enviou dinheiro para golpistas dentro de uma sacola de vinhos. Ele é acusado de ser um dos financiadores dos atos que pretendiam derrubar o regime democrático. Mauro Cid, delator do golpe, confirmou em depoimento ter recebido dinheiro do militar durante encontro no Palácio do Planalto.

PT Nacional

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Last Update: 15/03/2025