A prévia da inflação (IPCA-15) ficou em 0,64% em março, significativamente menor do que o IPCA-15 de 1,23% registrado em fevereiro. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira 27.
Segundo o instituto, naquele mês, a prévia da inflação foi impactada pelos aumentos sazonais na Educação e principalmente pelo preço da energia elétrica com o fim de um bônus na Itaipu. Dessa vez, os dois itens não pesaram na conta, mas deram lugar a um novo aumento no preço de alimentos e bebidas monitorados, que saltou 1,09% e teve o maior impacto (0,24 ponto percentual) no índice geral.
“Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%)”, detalha o IBGE em nota.
O grupo de transportes também subiu em patamar semelhante (1,01%), de acordo o instituto. Esse setor foi influenciado pelo aumento nos combustíveis, que saltou 1,88% em março. O óleo diesel subiu 2,77%, o etanol saltou 2,17% e a gasolina aumentou 1,83%.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,26%, acima dos 4,96% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, o IPCA-15 foi de 0,36%.
Veja as variações por setor pesquisado:
Regionalmente, informa ainda o IBGE, Curitiba registrou a maior variação, com alta de 1,12% nos preços, puxados, principalmente, pelos combustíveis. O aumento na prévia da inflação, porém, não foi exclusividade da capital paranaense, sendo registrado também em todas as outras 10 cidades monitoradas. Veja:
O IPCA-15, a prévia da inflação, foi calculado a partir de preços coletados no período de 13 de fevereiro a 17 de março de 2025 e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro a 12 de fevereiro de 2025. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas das 11 cidades citadas.