Segundo uma pesquisa da Google, 70% dos brasileiros planejam aproveitar as ofertas da Black Friday deste ano, marcada para 29 de novembro.
João Silva, Head de Vendas da Mangopay, alerta que o crescimento nas vendas também atrai fraudadores.
“Fraudes evoluem rapidamente e tiram proveito do aumento no volume de transações para aplicar golpes”, explica o especialista.
Além disso, estimativas da Juniper Research e Mastercard apontam que perdas relacionadas a fraudes digitais podem ultrapassar US$ 340 bilhões até 2027.
O aumento do uso de celulares para compras também expõe consumidores a aplicativos e links fraudulentos, especialmente em situações de pressa.
Tipos de fraudes mais comuns
De acordo com Silva, o teste de cartões, ou “card testing”, é um dos golpes mais frequentes durante eventos como a Black Friday. Nessa prática, fraudadores utilizam bots para validar dados de cartões roubados. Isso gera prejuízos financeiros e eleva os custos operacionais.
Nesse cenário, Silva destaca a importância de adotar soluções de autenticação e análise comportamental. “Essas ferramentas ajudam a detectar e bloquear tentativas em tempo real”, ressalta.
Outro golpe recorrente é a invasão de contas, ou “account takeover”. Criminosos acessam contas de clientes usando dados vazados, phishing ou senhas fracas. Assim, eles podem realizar compras fraudulentas ou acessar dados sensíveis.
Para mitigar esse risco, Silva recomenda o uso de autenticação multifatorial e biometria comportamental. Segundo ele, essas medidas ajudam a identificar comportamentos fora do padrão e evitar acessos não autorizados.
Ataques automatizados e fraudes de pagamento
Ataques com bots também preocupam varejistas. Esses programas automatizados realizam ações como preenchimento de formulários, ataques de força bruta e sobrecarga de servidores.
Para lidar com esse problema, Silva sugere tecnologias que detectem atividades fora do padrão humano. “Isso permite bloquear bots sem prejudicar a experiência de compra dos clientes reais”, explica.
Além disso, fraudes de pagamento e chargebacks aumentam durante a Black Friday. Muitas vezes, criminosos usam cartões roubados ou solicitam reembolsos indevidos.
Para reduzir esses problemas, é importante monitorar transações em tempo real e analisar padrões de comportamento. “Avaliar cada etapa da jornada de compra ajuda a garantir segurança”, enfatiza Silva.
Prevenção começa com tecnologia e vigilância
Segundo Silva, empresas precisam adotar uma postura preventiva para lidar com fraudes. Ele destaca que ferramentas de monitoramento contínuo são indispensáveis.
“Negócios online estão sempre na mira de ataques. Não é questão de ‘se’, mas de ‘quando’”, afirma o especialista.
Por fim, ele ressalta que agir rapidamente em caso de incidentes e investir em soluções de proteção são passos importantes para proteger tanto a operação quanto a experiência do cliente.