O ex-presidente Jair Bolsonaro

Na véspera de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manteve cercado de aliados e figuras de confiança em São Paulo. Ele desembarcou na capital paulista na segunda-feira (24) e passou o dia em reuniões e compromissos políticos antes de retornar a Brasília na manhã desta terça (25), data em que a Primeira Turma do STF inicia a análise do caso da trama golpista.

Bolsonaro participou às 19h, ao lado do governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do podcast Inteligência Ltda., um dos mais populares entre políticos de direita. Durante o dia, ele se reuniu com o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição, o vice-presidente da Câmara, Altineu Cortes (PL-RJ), e o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Aliados mais próximos do ex-presidente passaram o dia articulando o ambiente para o julgamento. Ainda não está claro onde ele acompanhará a sessão do Supremo, mas três opções foram cogitadas: a sede do PL, sua residência em Brasília ou a casa de Zucco, que o convidou para assistir à sessão ao seu lado. A decisão final dependerá da logística de seu retorno à capital federal.

Tarcísio e Bolsonaro em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

Enquanto Bolsonaro pernoitará em São Paulo, seus advogados se dirigiam a Brasília. A equipe de defesa jurídica chegou à capital ainda na noite de segunda-feira para ajustar os últimos detalhes da sustentação oral, que será feita presencialmente no plenário da Primeira Turma do STF.

O ex-presidente ainda avaliava, junto a conselheiros próximos, o tom de suas manifestações públicas nas próximas horas. Há um entendimento entre seus aliados de que qualquer declaração mais incisiva antes da sessão pode ser usada contra ele, razão pela qual a postura adotada nas últimas horas tem sido mais reservada e centrada nas articulações internas.

O julgamento

O STF começará a julgar se Bolsonaro e outros sete aliados virarão réus por suposta tentativa de se manter no poder após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Eles são acusados de integrar uma organização criminosa armada, tentar um golpe de Estado, buscar abolir o Estado Democrático de Direito, causar dano qualificado com violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deteriorar bem tombado.

A expectativa nos bastidores é de uma votação unânime — cinco votos a zero — para que a Primeira Turma do STF aceite abrir a ação penal. Os ministros que participarão do julgamento são Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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Last Update: 25/03/2025