A exemplo do presidente Lula, que pressionou pela saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Jr, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump segue na mesma linha e tem atacado sem trégua Jerome Powell (foto/reprodução internet), presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos. Trump quer a renúncia imediata de Jerome. Assim com Lula, Trump quer juros mais baixos para impulsionar o crescimento e ajudar as candidaturas republicanas. Powell, porém, mantém a independência do Fed e resiste à pressão, recusando cortes prematuros. Legalmente, o presidente dos EUA não pode demitir o chefe do Fed por divergências políticas, o que frustra os planos de Trump. A tensão expõe um embate institucional sensível: a tentativa de subordinar a autoridade monetária ao ciclo eleitoral. Powell, com mandato até 2026, permanece firme, mas o cerco político já levanta dúvidas sobre a estabilidade das regras do jogo econômico. Se obtiver a maioria do Parlamento, Trump pode tentar reformar o comando do Fed — e o custo seria alto para a credibilidade do sistema.
