Mais de 900 prisioneiros estão atuando no combate aos incêndios em Los Angeles, nos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, os detentos estão “trabalhando para cortar linhas de fogo e remover combustível para retardar a propagação do fogo”.
Os prisioneiros recebem no máximo US$ 10,24 por dia (cerca de R$ 62,42), além de um adicional de US$ 1 por hora durante emergências. Esse valor é inferior ao salário mínimo da Califórnia, que é de US$ 16,50 por hora.
Bombeiros sazonais do Estado podem ganhar um salário base mensal de mais de US$ 4,6 mil, enquanto os salários dos bombeiros empregados pela cidade de Los Angeles começam em mais de US$ 85 mil por ano.
Um relatório de 2022 da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU na sigla em inglês) e da Escola de Direito da Universidade de Chicago apontou que, em cinco anos, quatro bombeiros prisioneiros morreram e mais de mil ficaram feridos durante o trabalho.
Após serem soltos, muitos detentos não conseguem emprego como bombeiros devido aos seus antecedentes criminais.
Os prisioneiros de combate a incêndios fazem parte do programa de acampamento de conservação de incêndios da Califórnia, que é operado pelo departamento de correções, pelo Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia e pelo Departamento de Bombeiros do Condado de Los Angeles. Eles passam por quatro dias de treinamento em sala de aula e no campo.
Diferente de outros programas de trabalho prisional na Califórnia, os detentos são voluntários e não podem ser forçados a trabalhar. No entanto, apenas prisioneiros com bom comportamento e que não foram condenados por “estupro e outros crimes sexuais, incêndio criminoso e histórico de fuga” podem participar do programa.