
O ex-senador Telmário Mota, acusado de abusar sexualmente da própria filha e suspeito de envolvimento na morte da ex-mulher, deixou a cadeia nesta quinta-feira (11) após decisão da Justiça de Roraima que autorizou a prisão domiciliar por 60 dias. Ele estava preso desde outubro de 2023.
A decisão foi assinada pelo desembargador Ricardo Oliveira, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e proibiu o ex-parlamentar de sair de casa sem autorização judicial. Segundo o magistrado, laudos médicos apontam que Telmário precisa de tratamento de saúde específico que não estaria sendo oferecido no sistema prisional.
A defesa do ex-senador, feita pelo advogado Eduardo Rodrigues, argumentou que Telmário sofre de transtorno depressivo e apresentou um relatório médico que também aponta diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica assimétrica, síndrome da apneia obstrutiva do sono, hipertensão e gastrite.
“A autoridade coatora não pode ignorar as conclusões dos laudos médicos apresentados. Não é razoável manter o paciente no sistema prisional sem o acompanhamento adequado”, diz um trecho da decisão judicial.

Telmário Mota foi condenado a oito anos e dois meses de prisão por importunação sexual e por oferecer bebida alcoólica a menor de idade, conforme o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A vítima é a própria filha do ex-senador.
Além disso, ele é investigado como suspeito de mandar matar a ex-mulher, Antônia Araújo de Sousa, assassinada com um tiro na cabeça em setembro de 2023, em Boa Vista, capital de Roraima. Ela era mãe da filha que acusa Telmário de abuso.
Telmário foi senador por Roraima entre 2015 e 2023. Tentou a reeleição em 2022, mas não obteve sucesso. Durante sua trajetória política, foi filiado a diferentes partidos, entre eles o Solidariedade, legenda da qual se desligou após os escândalos virem à tona.
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