O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou sua gratidão e reconhecimento aos presidentes do Brasil, Colômbia e México por seus esforços em defesa da soberania venezuelana.
“Os presidentes Luís, Petro e López Obrador estão trabalhando juntos para que se respeite a Venezuela, para que os Estados Unidos não façam o que estão fazendo”, respondeu. “Divulgaram ontem um comunicado muito bom, muito bom. Agradeço a Petro, López Obrador e Luís, em nome da Venezuela”, completou Maduro.
Maduro afirmou ter mantido comunicação constante com líderes brasileiros, como Celso Amorim e o chanceler Mauro Vieira, além de ter conversado com Luís há 15 dias. Ele elogiou os presidentes Luís, Petro e López Obrador por trabalharem juntos para garantir o respeito à Venezuela e evitar ações prejudiciais dos EUA. Maduro celebrou um comunicado recente emitido pelos três líderes, parabenizando-os por seu apoio à Venezuela.
O Itamaraty, juntamente com os governos da Colômbia e do México, emitiu uma declaração conjunta na noite de quinta-feira em resposta às eleições presidenciais venezuelanas realizadas em 28 de julho. Na nota, os três países expressaram solidariedade ao povo venezuelano, parabenizando-o pela participação massiva nas urnas e ressaltando a importância de um processo eleitoral transparente e pacífico.
Os governos do Brasil, Colômbia e México pediram às autoridades eleitorais da Venezuela que divulgassem os resultados desagregados por mesa de votação. Eles também apelaram aos atores políticos e sociais para que exercessem cautela em suas manifestações, a fim de evitar episódios de violência.
Poucas horas após a declaração conjunta, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, emitiu um comunicado criticando o processo eleitoral venezuelano e alegando que o candidato da oposição, Edmundo González, teve mais votos. Tal posicionamento foi endossado pelos governos da Argentina, Peru e Equador nesta quinta-feira.
“Duas horas depois que eles se pronunciaram, veio a declaração de Blinken. O que ele fez foi responder a iniciativa soberana destes três países para evitar danos à Venezuela. Por isso que ele se desesperou e, num gesto incomum da diplomacia estadunidense, diz que já tem o resultado”, acrescentou o venezuelano.