O mercado de trabalho está aquecido. Com a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos (7,1%) e o aumento de vagas com carteira assinada, é crescente o número de pessoas que desejam trocar ocupações informais e mal remuneradas por oportunidades mais estáveis e com melhores salários.
De acordo com a Sondagem do Mercado de Trabalho do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), 67,7% dos trabalhadores autônomos gostariam de migrar para empregos com carteira assinada. Esse desejo é predominante mesmo entre os formalizados com CNPJ (54,6%). Entre os informais, o percentual sobe para 72,1%.
A busca por estabilidade vai na direção contrária da desastrosa reforma trabalhista de Temer e da sinistra gestão de Paulo Guedes e Bolsonaro, quando a flexibilização das relações de emprego e a “uberização” deixaram muitos trabalhadores sem mesmo as garantias mais básicas.
Ao contrário do que a mídia tradicional divulga, substituindo o termo precariedade por uma suposta liberdade, esse tipo de relação não é o desejo da população. “As pessoas que estão na informalidade, muitas vezes, estão lá por necessidade e não por escolha”, afirma Rodolpho Tobler, coordenador das Sondagens Empresariais e de Indicadores de Mercado de Trabalho do Ibre/FGV.
No entanto, a recuperação do mercado de trabalho sob o governo Lula vem mudando esse quadro. Desde 2023, o emprego formal tem mostrado um forte crescimento, com o total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançando o patamar de 38,3 milhões de pessoas, em maio de 2024, segundo a Pnad Contínua do IBGE. A taxa de desemprego também é a menor em quase uma década.
Essa retomada catapultou o rendimento médio real dos trabalhadores, que subiu 1,0% em um trimestre, alcançando o maior patamar para o período desde 2012. Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, destaca que a melhoria na qualidade da ocupação é um fator crucial para a elevação.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concorda que é importante pensar na qualidade da vaga, “senão a pessoa se formou como engenheiro, mas exerce uma atividade que não tem nada a ver com a sua formação”. Haddad também enxerga com bons olhos os exemplos de países como Coreia do Sul e Alemanha, onde estudantes podem sair do ensino médio já com uma profissão. Segundo o ministro, é preciso levar em consideração esse caminho, “porque nem todo mundo vai pra universidade”.
Com esforço e foco nos mais necessitados, o governo Lula tem conseguido reverter os anos de precarização do mercado de emprego. As políticas implementadas vêm mostrando resultados, trazendo um novo ciclo de melhoria na qualidade de vida e na dignidade de trabalhadoras e trabalhadores do Brasil.