Militares e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro esperavam que ele assinasse um decreto golpista em 15 de dezembro de 2022, segundo relatório da Polícia Federal obtido pelo DCM. Na mesma data, os “guardiões da ordem” monitoraram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A ideia seria prender ou executar o ministro da Corte na ocasião. Os militares chegaram a fechar um cerco sobre o magistrado, mas desistiram do plano de última hora após uma mudança no horário de um julgamento no STF.
“A ação clandestina teve seu ápice no dia 15 de dezembro de 2022, quando era esperada a assinatura do decreto golpista pelo presidente. Os elementos de prova obtidos são claros ao revelar que os ‘guardiões da ordem’ iniciaram a execução da ação clandestina visando a prisão/execução do ministro”, diz o documento.
A autorização para executar o plano, de acordo com o relatório da PF, ocorreu na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e então candidato a vice-presidente derrotado na eleição.
O relatório, que tem mais de 800 páginas, foi concluído na semana passada e gerou o indiciamento do ex-presidente e 36 aliados. O documento foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça (26) e caberá a Paulo Gonet, chefe do órgão, decidir se denuncia Bolsonaro e os demais investigados ou arquiva o processo.
A expectativa é que Gonet leve três meses para analisar o relatório completo e tome uma decisão. No STF, a previsão é que o caso vá a julgamento no primeiro semestre do ano que vem.
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