Pablo Marçal, ex-coach e ex-candidato, e Leonardo Avalanche, presidente do PRTB. Foto: Reprodução

Uma briga entre dirigentes do PRTB, partido do ex-coach e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal, terminou em caso de polícia na noite de terça-feira (17), no Shopping Flamboyant, em Goiânia (GO). Leonardo Avalanche, presidente nacional da sigla, foi agredido com três tapas no rosto por Santana Pires, marido de Vanessa Barros, vice-presidente nacional da legenda.

A confusão ocorreu durante uma reunião política. Avalanche registrou um boletim de ocorrência no 8º Distrito Policial, alegando lesão corporal, calúnia, ameaça e difamação. Segundo o documento, Santana Pires o acusou de traição interna e o agrediu logo em seguida.

Em entrevista ao site Folha Z, Santana confirmou que deu os tapas e alegou que o presidente do partido estaria descumprindo acordos políticos em Goiás, agindo para retirar sua esposa do comando estadual da sigla. “Eu avisei que não aceitaria esse tipo de traição”, declarou.

Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, durante a campanha eleitoral de 2024. Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

O episódio expôs as tensões internas do PRTB, que tem sido palco de disputas por espaço e influência desde que Marçal se tornou o principal nome da legenda.

Essa não é a primeira vez que Avalanche se envolve em episódios polêmicos. No ano passado, quando buscava apoio de filiados no interior de São Paulo, ele foi gravado durante uma conversa com Thiago Brunelo, um dos fundadores do PRTB, e sugeriu que tinha ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O conteúdo, divulgado pela imprensa, tem 50 minutos de conversa e Avalanche diz ser uma pessoa influente em Brasília, apontando que teria contribuído para a soltura do traficante André do Rap, líder do PCC, por meio de supostas conexões com o Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu faço um trabalho bem discreto”, disse ele.

Em outro trecho, ele sugere que seu motorista particular seria próximo de Francisco Antonio Cesário da Silva, conhecido como Piauí, ex-chefe do PCC na favela de Paraisópolis, e que o funcionário recebia ligações de dentro de presídios enquanto estava em serviço.

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Last Update: 19/06/2025