Presidente da Coreia do Sul é condenado à prisão por tentativa de golpe de Estado

Yoon Suk Yeol, presidente afastado da Coreia do Sul. Foto: reprodução

A crise política na Coreia do Sul atingiu um novo patamar, quando um tribunal emitiu um mandado de prisão contra o presidente afastado, acusado de liderar uma tentativa de autogolpe ao declarar lei marcial no início de dezembro. O presidente afastado enfrenta acusações graves de insurreição e abuso de poder.

Segundo a Reuters, investigadores afirmam que ele orquestrou a entrada de tropas na Assembleia Nacional para impedir que parlamentares votassem contra seu decreto de lei marcial, que suspendia direitos políticos em todo o país.

A defesa do presidente afastado nega as acusações, alegando que a medida foi um ato de governança para conter abusos do Poder Legislativo. Após o anúncio do mandado, representantes legais do ex-presidente declararam que pretendem recorrer ao Tribunal Constitucional para impedir sua prisão.

O líder interino do Partido do Poder do Povo criticou a decisão, classificando-a como inapropriada para um presidente afastado que ainda aguarda julgamento definitivo sobre sua remoção do cargo.

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, em foto de arquivo. Foto: Reuters/Kim Hong-Ji/Pool/File Photo

O presidente afastado foi destituído após uma intensa reação popular e parlamentar contra a lei marcial, que havia sido revogada poucas horas depois de sua declaração. O Tribunal Constitucional sul-coreano agora analisa o processo de impeachment, com prazo de até 180 dias para decidir se Yoon será removido permanentemente ou poderá retomar o cargo.

A crise política se aprofundou ainda mais com o impeachment de Han Duck-soo, premiê que liderava interinamente o governo. Han foi destituído na última sexta-feira (27) por sua recusa em preencher três cadeiras vagas no Tribunal Constitucional, um ato que foi visto como um obstáculo ao julgamento do caso de Yoon.

Também nesta terça-feira, o atual presidente interino, Choi Sang-mok, ex-ministro da Economia, anunciou a nomeação imediata de dois juízes para o Tribunal Constitucional. A terceira cadeira será ocupada assim que o Parlamento chegar a um consenso. A medida visa recuperar a estabilidade política em meio à turbulência que ameaça paralisar o governo sul-coreano.

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