O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou que os países do G20 manifestaram preocupação com os efeitos da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho global. Petro participa como convidado da Cúpula das maiores economias do mundo, no Rio de Janeiro, e revelou alguns dos temas discutidos em reuniões fechadas entre os países participantes.
“Falamos sobre as expectativas para resolver questões graves no mundo. Então, discutimos como abordar a inteligência artificial e a fome. Como a inteligência artificial sem regulação pública pode aumentar a questão da fome a partir das demissões ao redor do mundo dos trabalhadores comuns que serão afetados por essa tecnologia. É uma questão global, porque afetará todos os países. E como prevenir essa catástrofe social”, disse Petro.
Segundo o presidente colombiano, também foi discutida a possibilidade de reforma da governança global, especialmente em relação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
“Há a necessidade de reformar a governança global para acabar com o poder de veto no Conselho de Segurança sobre as questões climáticas, para que se tomem decisões com base em representações majoritárias. Essa mudança de governança é fundamental para construir uma democracia global, especialmente para eliminar guerras, para eliminar o crescimento da fome”, disse Petro.
Ao ser perguntado sobre os debates em torno da guerra da Ucrânia, o presidente foi conciso. “O que falamos sobre a guerra da Ucrânia é basicamente que a paz começa por uma conversa direta entre a Rússia e a Ucrânia, sem intermediários. Eles têm uma história comum, uma cultura comum, é fundamental que dialoguem”.
Petro também adiantou que há conversas em andamento com representantes dos países africanos para fortalecer os laços de cooperação.
“Conversei com a União Africana. E a relação entre a África e a América do Sul é fundamental para potencializar economia, progresso e transformação industrial. Assim como a questão da fome e o problema mais grave do mundo, que é a crise climática. Somos regiões complementares, temos interesses comuns e problemas complementares”, ressaltou o presidente.
Fonte: Agência Brasil