A presidenta de Honduras, Xiomara Castro, de roupa vermelha e cabelo preso, falando em microfone e gesticulando
A presidenta de Honduras, Xiomara Castro – Reprodução/UNE TV

A presidenta de Honduras, Xiomara Castro, anunciou na última quarta-feira (1º) que o país está prestes a eliminar o analfabetismo. Durante uma transmissão nacional, a chefe do governo destacou o progresso alcançado por sua gestão, que chega ao último ano de mandato em 2025.

Castro atribuiu o avanço ao programa cubano “Yo sí puedo” (“Sim, eu posso”, em tradução livre), utilizado como ferramenta central na campanha de alfabetização. Desde 2022, quando assumiu o cargo, a presidenta estabeleceu como prioridade erradicar o analfabetismo no país, firmando um acordo com Cuba para implementar o método educacional.

No momento da assinatura do convênio, 12% da população hondurenha era analfabeta, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística de Honduras (INE). Hoje, o cenário é diferente: mais de 370 mil pessoas aprenderam a ler e escrever, e 245 municípios já foram declarados livres do analfabetismo.

O método “Yo sí puedo”, utilizado em cerca de 30 países, já ajudou a alfabetizar milhões de pessoas e recebeu reconhecimento internacional, como o título de “países livres do analfabetismo” pela UNESCO, conferido à Venezuela e à Bolívia.

Política internacional e defesa dos migrantes

Além de celebrar as conquistas educacionais, Xiomara Castro fez um alerta ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A presidenta destacou a importância do diálogo construtivo em relação à política migratória e afirmou que ações hostis, como a deportação em massa de migrantes hondurenhos, podem levar a mudanças nas políticas de cooperação com Washington.

“Frente a uma atitude hostil de expulsão em massa de nossos irmãos, teríamos que considerar uma mudança em nossas políticas de cooperação com os EUA, especialmente no campo militar, onde sem pagar um centavo por décadas eles mantêm bases militares em nosso território, que nesse caso perderiam toda a razão de existir em Honduras”, declarou Castro, referindo-se à base militar de Palmerola, mantida pelos EUA em Honduras desde a década de 1980.

Atualmente, estima-se que mais de um milhão de hondurenhos vivam nos Estados Unidos, contribuindo significativamente para as economias de ambos os países. Cerca de 25% do PIB de Honduras provêm das remessas enviadas por migrantes.

Como presidente pró-tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Castro anunciou que, em janeiro de 2025, convocará uma reunião de ministros das Relações Exteriores para debater a questão migratória, apoiar o Haiti e reforçar a solidariedade com Cuba.

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Last Update: 03/01/2025