Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas e Ollanta Humala, ex-presidente peruano. Foto: Divulgação

Nadine Heredia, esposa do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, solicitou asilo ao Brasil nesta terça-feira (15).

Ela entrou na embaixada brasileira em Lima e aguarda um salvo-conduto do governo peruano para poder viajar.
O presidente Lula já recebeu o pedido e deve conceder o asilo. O governo brasileiro informou às autoridades peruanas que Heredia está sob proteção diplomática. Condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro junto com Humala, em um processo relacionado a doações da Odebrecht e da Venezuela para as campanhas presidenciais de 2006 e 2011, Nadine recebeu orientação do próprio marido para tentar o asilo. Ele optou por cumprir a pena.

O Grupo Prerrogativas, que reúne advogados que denunciam a Operação Lava Jato, entregou às autoridades peruanas um conjunto de documentos que traçam paralelos entre as investigações conduzidas naquele país e os procedimentos adotados no Brasil.

Entre os documentos, está uma declaração assinada pelo ex-ministro Antonio Palocci em 28 de outubro, na qual ele nega ter solicitado recursos à Odebrecht para financiar a campanha de Humala.

O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro. Foto: Reprodução

A versão apresentada pelo ex-ministro contraria o que foi divulgado durante a Lava Jato, que atribuía a Palocci o pedido de repasses ilegais ao ex-presidente peruano. Segundo Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, os dois processos são “rigorosamente iguais”. “Delegações peruanas estiveram no Brasil para mostrar semelhanças no processo, e nós confirmamos que de fato os procedimentos são rigorosamente iguais. Os promotores e os juízes de lá, infelizmente, adotaram os mesmos métodos ilegais usados no Brasil pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos promotores da Lava Jato”, afirma.

Para Carvalho, assim como as condenações de Lula foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, o mesmo deve ocorrer com as sentenças proferidas no Peru. “Estas atuações ilícitas serão anuladas pela justiça peruana. Ollanta Humala é inocente”, diz. Ele também questionou a base das condenações, que, segundo ele, se sustentam em uma única delação, já colocada em dúvida dentro do próprio sistema judicial peruano.

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Last Update: 15/04/2025