Os preços dos alimentos registraram uma queda no atacado após 10 meses de altas consecutivas, segundo o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). A inflação nos itens vendidos em grandes quantidades para varejistas ou outros tipos de comércio representa uma queda no preço final ao consumidor.
Em janeiro, o IGP-M avançou 0,27%, o que representa uma desaceleração na comparação com dezembro, quando a alta foi de 0,94%. No acumulado dos últimos 12 meses, o número cresceu 6,75%.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 0,24% em janeiro, o que representa uma queda na relação com o número de dezembro (1,21%). O índice mede a “temperatura” dos preços ao produtor e representa cerca de 60% do geral.
A cesta do IPA geral inclui as principais commodities. O indicador para Produtor Agropecuários, que reúne preços de carne suína, bovina, arroz, trigo, soja e outros, tem sofrido uma queda desde novembro de 2024.
O indicador teve um recuo, puxado pelos preços da soja em grão (de -2,34% em dezembro para -5,71% em janeiro), bovinos (+2,50% para -2,17%), suínos (+1,51% para -11,24%), batata-inglesa (-39,59% para -17,94%) e laranja (-7,59% para -3,37%).
O grupo de preços de alimentação e bebidas foi o que teve a maior alta percentual no mês, de 1,18%, gerando o maior impacto sobre o índice.
Os preços dos alimentos têm sido uma preocupação do governo Lula. A gestão petista tem estudado reduzir os impostos de importação para baratear os itens no Brasil e o mandatário disse nesta quinta (30) que não fará “bravata” ou adotará medidas extremas.
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