Pré-candidato é ferido em ataque a tiros no Peru

O pré-candidato à presidência do Peru, Rafael Belaunde Llosa, do partido Libertad Popular, foi alvo de ataques a tiros na manhã desta terça-feira (2), enquanto se deslocava em uma caminhonete pela região de Cerro Azul. Apesar do ataque, o pré-candidato não corre risco de vida.

A situação política em que se encontra o Peru deve-se ao agravamento da situação política pela fragmentação dos partidos políticos tradicionais, criação de partidos artificiais e também pelos recentes processos de golpe de Estado, em especial a derrubada de Pedro Castillo Terrones em 7 de dezembro de 2022, dando lugar ao governo de Dina Boluarte que se manteve na presidência até 10 de outubro de 2025, quando foi declarada vacância presidencial, assumindo José Enrique Jerí Oré, do partido Somos Perú.

O pré-candidato ferido é neto do ex-presidente peruano Fernando Belaunde Terry, que foi presidente do Peru em duas ocasiões, de 1963 a 1968 e de 1980 a 1985, sendo sucedido por Alan García do Partido Aprista Peruano, e também de Jorge Guillermo Llosa Pautrat, que foi diplomata, professor universitário e escritor.

“É um mau início de campanha. Acho que nós, peruanos, já sabemos o que é a violência e, bom, estamos infelizmente atravessando um contexto de atividade criminosa, mas é preciso rejeitar com firmeza esse ataque que Rafael Belaunde sofreu a tiros na manhã de hoje. Acho que é algo que não deveria acontecer”, declarou o ex-presidente do Conselho de Ministros Pedro Cateriano.

O ex-congressista Gino Costa também se manifestou em uma publicação, classificando o ataque como um “grave atentado”. “As investigações devem esclarecer o motivo do crime, e a Justiça deve sancionar rápida e firmemente seus responsáveis. Cabe ao governo garantir a segurança dos candidatos à presidência e deter já a violência eleitoral”, afirmou.

O comandante-geral da Polícia Nacional do Peru (PNP), Oscar Arriola, apresentou os primeiros detalhes das investigações e informou que o pré-candidato está fora de perigo, ileso e sob proteção, colaborando com os agentes.

Em entrevista ao Canal N, Arriola explicou que Belaunde Llosa estava no local realizando atividades privadas que costuma fazer “duas ou três vezes por semana” para verificar terrenos de sua propriedade, que não possuem edificações.

“Quando se preparava para sair desse lugar para pegar uma estrada de terra que o leva à Panamericana Sul, foi aí que apareceu uma moto e disparou contra o veículo, contra ele”, relatou o comandante-geral.

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